Olá RUI, cá estamos novamente sublinhando que as lembranças se mantêem vivas tal como as saudades que são bastantes. Este meu último ano não me foi favorável (há sempre merdas a acontecerem) mas isso agora não interessa. Importa mesmo é ao recordar-te dizer-te que a cada ano que passa as recordações não se desvanecem e tu continuas presente na rua blogosférica onde nos acolheste sempre numa prespectiva dinâmica desafiante (na qual eu raramente contribui acertadamente). Esta data é uma mistura doce e azeda pouco agradável ao "palato", todavia aqui vai um abraço e um sorriso. Sem esquecer aquele costumado virtual xôxo. Inté
Não sabemos porque nasceste neste dia, tido e aceite como dia internacional da Mulher; mas a relevância da coisa carece de importância. O interesse do facto é que aconteceu permitindo partilharmos diversos bons momentos com amigos comuns, virtuais mas tornados naturalmente reais. A tua saudade mora nessa memória colectiva que sempre nos acompanha sobresaindo nesta data para celebrarmos oo teu aniversário. Quero crer que todos os que por aqui passam e que por ti passaram não hesitarão em exclamar em uníssuo: PARABÉNS Teresa! No próximo ano repetiremos a visita.
As minhas melhores e primeiras memórias de menino são:
As sardinhas trazia-as o meu avô, directamente de lota; ensinou-me a salgá-las e a grelhá-las no quintal nas traseiras da casa, num fogareiro de lata que ele mesmo construira, à sombra de uma figueira que tão belos e doces figos nos deu. Os caracóis levou-me com ele, ensinando-me a apanhá-los das piteiras e das figueiras, deixando ficar os mais pequeninos: esses ficam para outra vez, dizia-me, para que cresçam e façam com que outros caracóis nasçam. Continuo a gostar das sardinhas, comidas à mão sobre uma grossa fatia de pão e que no fim vai à grelha para tostar e mais um prazer ao paladar oferecer, e dos caracóis; e sempre que umas ou outros à minha mesa acontecem lembro-me do meu avô a meu lado. Eu sei que não está. Mas é como se estivesse.
Apesar de lhe ter sido atribuída a doença de Alzheimer, o Sr. Salgado está a preparar a publicação de um livro de memórias. Quero crer que o texto desse livro será algo monótono, assim do tipo: não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro, não me lembro...
Lembro-me de já termos tido um cherne que depois se percebeu não valer um carapau. Agora temos vindo a constactar que as chamadas elites politicas, financeiras e similares (até algumas militares), não passam de peixinhos de aquário cuja memória se desvanece ao fim de pouco tempo. E não são uns quaisquer peixinhos, não. São peixinhos papagaio, como este da imagem, pois não se cansam de repetir:
não me lembro... não me lembro... não me lembro...
sem esquecer esta variante deliciosa que é um mimo:
não tenho registado na minha memória!
(vá lá, este pelo menos diz que tem memória apesar de não ter nada registado).
imagem copiada de: tripadviser.com.br (fotos de aquário de Paraná)