a FALA e a ESCRITA
Assunto mais ou menos (decerto menos) importante.
Frase: em cima da mesa está uma travessa gira muito suja!
Nada de especial quando a frase é escrita. Porém quando é dita não é possível saber se foi dita tal e qual ou se foi dita assim:
-em ssima da mêsa está uma travèça jira muito çuja!
Numa língua falada onde os SS’s tanto podem ser ZZ’s como ÇÇ’s,
santo antónio/çanto antónio, açucar/assucar/casa/caza.
os CC’s são QQ’s e são também Sss,
cu/qu, cume/qume, centro/ssentro, cimo/ssimo
os GG´s misturam-se com os JJ´s
viagem/viajem, gesto/jesto, gelo/jelo
e os XX’s soam como CH’s e vice-versa.
xiça/chissa ou xissa/chiça, xarope/charope, xóné/chóné
Tudo isto sem mencionar os OO’s, os UU’s, os II’s, e os EE’s
o carro/u carro, isto i aquilo/isto e aquilo (ou aquelo)…
Que venham os linguistas explicar as derivações, e que as raízes são do latim vulgar trazido pelos do colonos romanos que ocuparam a península ibérica, etc., etc. Pois, pois! Mas cuando eu troco us J’s pelus G’s ou us C’s pelus S’s, ou us O’s pelus U’s axam que têm autoridade para me currigir?
Pensem nisso.
§-a imagem foi copiada de: cíberdúvidas da língua portuguesa