O FUNERAL
Hoje foi o dia de urnar aquele que, não sendo própriamente um amigo nem mero conhecido, me levou a sair de casa depois do almoço para consumar o facto. Tive-o na mão por breves instantes, mirei-o de alto a baixo e depois de lhe aplicar uma minúscula cruz (que foi mais um X do que uma cruz), aconcheguei-o o melhor de que fui capaz e lá o deixei na urna consumando o referido funeral. Apesar dos muitos corpos presentes, não aconteceu a costumada missa (a tal de corpo presente) e nem um padre se dignou aparecer na zona.