LEITURAS (3)
A cada dia que passa ouvimos políticos apregoarem ideias que mais tarde desmentem ou contradizem e quase sempre vêm dizer que não era aquilo que queriam dizer ou, pior, arranjam sempre um qualquer "papagaio" que vem explicar o que o tal político quis de facto dizer. Nada disto é novo e por isso não faria sentido eu vir aqui referi-lo, não fosse esta nova ideia da redução de horas de trabalho e de vencimento, para os novos pais, dando de barato que com um bebé as despesas aumentam, não diminuem.
Eis senão quando surge o secretário de estado da saúde com o desplante de afirmar convicto que os serviços de urgência hospitalares são um "must" com os doentes bem instalados em macas com protecções laterais e em perfeitas condições de atendimento e segurança. Tudo isto é uma tristeza que me leva a questionar: este sr. tem família? tem pais, avós, filhos? este sr. não precisará de um tratamento ócular? este sr. depois de afirmar publicamente uma alarvidade destas, quando chega a casa consegue olhar nos olhos os filhos (se os tiver), os seus familiares mais chegados?
Este sr. recorda-me um actor francês já falecido: BOURVIL
A semelhança é (na minha opinião) notória. Mas enquanto Bourvil encarnava na ficção personagens aparvalhadas, pouco instruidas ou nada desenvolvidas intelectualmente, o sr. secretário faz o mesmo mas na realidade.
Não quero acreditar que o sr. secretário seja pouco instruido nem pouco desenvolvido intelectualmente, mas com este tipo de declarações é o que parece; e diz quem sabe que na politica o que parece é!