E OS CULPADOS?
Tal como no caso dos chapéus, culpados há muitos mas tudo depende da culpa, de quem é o culpado e do que é que é culpado.
Hoje, 17.Julho, ouvi/li que o governo já indemenizou as famílias dos que morreram devido à derrocada da estrada entre pedreiras, em Borba. A mesma notícia revela que os responsáveis (se apurada a culpa no caso de serem encontrados na sequência da investigação que continua a decorrer), serão obrigados a devolver ao governo (ou estado? é tudo o mesmo ou...?) os valores agora pagos.
Então e não é que logo pensei em gestores bancários? Será que também eles serão obrigados a devolver ao governo/estado os valores pagos para manterem os seus bancos a funcionar (mal) em virtude das suas péssimas gestões e, por isso, em risco de falência?
E os super-visores bancários? Estes coitados assoberbados com a correspondência será que podem pedir reembolso pelos gastos em selos e sobrescritos? Ou deveriam devolver na totalidade as remunerações que usufruiram, por não terem feito o que tinham obrigação de fazer?
Já os políticos (sempre culpados, evidentemente) terão algumas atenuantes devido à conjuntura que sempre (ou quase sempre, o que vai dar no mesmo), acontece e os impede de cumprirem o que prometem. Mas há uma coisa que nunca sabemos: é aquela coisa das moradas falsas; quando são descobertas será que eles/elas devolvem os valores recebidos ou, à boa maneira portuguesa, fica tudo em águas de bacalhau?
Nestes casos os presidentes da Assembleia não tem nada a dizer?, não tem nenhuma forma de agir? Mas o dinheirinho não é o deles porque haveriam de se preocupar...
Tal como no caso dos chapéus, culpados há muitos porém e sem surpresa, há culpados que são mais culpados que outros.