DESCULPEM QQ COISINHA...
Sou dum tempo em que a expressão em título era usual mesmo sabendo que não havia razão para nos sentirmos culpados; era mais uma questão atenciosa para quem nos recebia e, vamos lá, até poderíamos ter feito ou dito algo que, inconscientemente, pudesse ser sido inconveniente. Era algo que ficava bem e não prejudicava nem a intelectualidade de quem o dizia, nem a quem era endereçada a desculpa convencionada indiciava quaisquer tipo de subserviência; não passava de uma expressão de delicadeza e de boa educação.
Mudam-se os tempos, mudam-se os conceitos! Hoje (parece que) pedir desculpa é um acto menor.
Não é! Porém, tudo depende dos termos em que se pedem desculpas, né?
Exemplos:
-peço desculpa!
-quer que eu peça desculpa?, eu peço: desculpa!
-quer-me ouvir pedir desculpa? eu peço desculpa!
Destes três exemplos o último, da autoria de Antº Costa na AR, é completamente imbecil.
Gostaria que o Sr. Costa se tivesse adiantado e se tivesse desculpado antes de a tal ser instado; ou então que o não tivesse feito, apesar das insistências de muitos, negando assim assumidamente quaisquer culpas nas tragédias ocorridas. Mas pedir desculpas nos termos em que o fez, mais parece que nos está fazendo um favor.
E favores destes, Sr. Costa, são absolutamente dispensáveis.