xiça/chissa ou xissa/chiça, xarope/charope, xóné/chóné
Tudo isto sem mencionar os OO’s, os UU’s, os II’s, e os EE’s
o carro/u carro, isto i aquilo/isto e aquilo (ou aquelo)…
Que venham os linguistas explicar as derivações, e que as raízes são do latim vulgar trazido pelos do colonos romanos que ocuparam a península ibérica, etc., etc. Pois, pois! Mas cuando eu troco us J’s pelus G’s ou us C’s pelus S’s, ou us O’s pelus U’s axam que têm autoridade para me currigir?
Pensem nisso.
§-a imagem foi copiada de: cíberdúvidas da língua portuguesa
Outro ano, outra viagem pelos mesmos factos já vividos vezes sem conta: o meu nascimento naquela madrugada de há aqueles anos atrás quando seis badaladas soaram na torre da igreja. Expulso do aconchegante útero fui recebido nos braços duma parteira que, tudo leva a crer, já lá estava à minha espera. Eu é que não esperava ser recebido à chapada com a desculpa, mais do que estafada, de que era para me obrigarem a respirar; (sorte a dela que nesse tempo ainda não era ilegal bater em bébés). Após o tratamento passaram-me por água e aconchegaram-me a uma volumosa e macia mama cujo mamilo me aflorando os lábios me ensinou a sublime e prazerosa arte de mamar. Não me interpretem mal, mas com a fome que eu tinha aquilo soube-me que nem ginjas! (Talvez esse seja um dos motivos porque gosto tanto de ir a Óbidos). Coontinuando e sem querer misturar as ginjas com o mamar, o certo é que continuo apreciando ambas e muitas vezes dou por mim numa profusa promiscuidade, mamando ginjas, sejam elas de Óbidos, de Alcobaça, Espinheira ou outras. Onde isto já vai; comecei este "post" cuja finalidade era (e é) referir as muitas vezes por que passei esta data do 9 de Abril e eis senão quando dou por mim relatando o prazer que sinto em mamar ginjas. Tempos houveram em que, no calão Lisboeta, um ginja=um velho, mas este não é claramente o caso muito embora eu, considerando os mesmos parâmetros, deva ser considerado como tal: um ginja. Voltando ao nascimento mas sobretudo ao seu/meu respectivo desenvolvimento eis-me chegado aqui, [talvez ainda merecedor duma ou outra chapada (ninguém é, felizmente, perfeito)], com mais defeitos do que virtudes; aliás, quando foram distribuidos uns e outras calharam-me sempre mais dos UNS e quase nada das OUTRAS. Para ficarem com uma ideia a coisa (o nascer propriamente dito) aconteceu + ou - assim:
Nasci nas margens dum rio!
Numa noite sem lua,
Com vento,
Com chuva
E com frio.
Nasci nas margens dum rio…
Nasci de noite, com pré-aviso!
Numa noite de temporal,
Com neve,
Com gelo
E granizo.
Nasci de noite, com pré-aviso…
Nasci no alto dum monte!
Entre estevas e giestas.
Nasci nu; nasci com pouco siso.
Nasci puro e sem vícios!
Entre pernas e sofrimentos,
entre dores e tormentos,
e muitos ais e lamentos.
Não me atrevo a gabar-me dos meus defeitos nem das minhas virtudes (aqui o plural já é um abuso), mas há uma que prezo: rir-me de mim e não me levar muito a sério. E é isto! Certamente voltarei ao assunto no próximo ano e eventualmente nos seguintes, com outras perspectivas e renovadas (ou repetidas) parvoíces.
A propósito duns sorridos enviados (e que já devem ter chegado ao destino) foi-me sugerido que montasse camelos, conforme aqui se lê e afirma:
Quando chegarem os sorrisos se não forem amarelos__ __talvez acertes de vez E recebas uma viagem ao deserto para puderes andar montado em camelos.
Não sendo eu conhecedor da referida fauna pus-me em campo e eis os que encontrei. Solicito à excelsa amiga que tal sugestõn sugeriu, se aprova esta raça ou se outra devo procurar.
Para além de sobreiros abatidos (ilegalmente) e de eucaliptos plantados (a pedidoe para favorecer as celuloses) esta é a primeira vez que uma árvore levanta tanta polémica: os JACARANDÁS, que até perfumam o ambiente em redor e fornecem as ruas e passeios com flores coloridas. E nem é sempre, porque uma parte do tempo somente exibem a verde folagem, como aqui se comprova: ora verdes, ora roxas!
O mais estranho é assistirmos numa assembleia de "esclareciemnto" à população, promovida pela C.M.Lisboa, e regida por um papagaioou uma arara(a srª vereadora Sofia Ataíde) que justificou a decisão do arranque dos tais jacarandás, repetindo sistematicamente:
foi aprovado em assembleia em 2018; foi aprovado em assembleia em 2018; foi aprovado em assembleia em 2018; foi aprovado em assembleia em 2018; foi aprovado em assembleia em 2018; foi aprovado em assembleia em 2018; foi aprovado em assembleia em 2018; foi...
Ninguém se lembrou de referi que, uma vez aprovado em assembleia pode ser alterado, rectificado ou anulado, em nova assembleia? (como se a srª vereadora o não soubesse)
Há cerca de cinco anos consultei uma nutricionista acreditando que ela me ensinaria a comer o que seria melhor para a minha saúde, para o meu bem estar, para blá blá blá... Fui à consulta elogo ali a coisa não me pareceu bem, mas decidi arriscar e atirar-me ao peixe cozido, aos peitos de frango cozidos (eventualmente grelhados mas sem temperos), pouco arroz mas bastantes verduras, etc., etc., etc.! Nos primeiros 5 dias duma semana de 7 o sacrifício foi tal que se apoderou de mim a vontade louca de comer carne, toda a espécie de carnes: porco, vaca, javali, até a gata de vizinha ou mesmo a própria vizinha! Resultado? A coisa não resultou! Mas digam lá com sinceridade: o que está neste prato dá (mesmo) vontade de comer, todas as semanas, várias vezes por semana? Hum?
Todos os anos este dia 29 acontece. Outros mais há, é verdade, pelo menos mais 10 vezes (ou 11, depende do Fevereiro), mas este é especial. Este é daqueles 29 que só aconteceram uma vez, e quando em cada ano se repetem devem e têm que ser celebrados. Na data de 29 de Março há festejos no galinheiro, (e não se ponham com ideias parvas que aqui ninguém põe ovos) juntam-se os pintos, as pintas e demais galináceos e a festa dura até... até acabar mas sem abusos que as artroses ao fim de 56 anos "já pesam". Hoje fomos passear por Lisboa (uma estravagância de quem vive na província), bebemos umas ginjinhas, almoçámos na baixa, percorremos a rua Augusta cheia de esplanadas e turistas e dei por mim a falar inglês com 1 alemão que não falava francês. Vimos o Cais das Colunas que ainda lá está à beira Tejo, o Chiado que continua a pedir qq coisinha e também o Fernando Pessoa que se mantem sentado à espera do café e do bagaço e o Eça de Queiroz que prefere a companhia da verdade nua e crua à austeridade do panteão. Descemos a Rua Garret, aplaudimos uma Tuna, e com surpresa vimos que ainda há castanhas a assar, quentes e boas. No Rossio flutuavam bolas de sabão, no alto do Teatro D. Maria lá está o Almeida Garret, e no lado sul do extenso largo a velha Tendinha vizinha da Pérola do Rossio que desde à muito fornece chás e cafés. Descendo na direcção do rio ouve-se um som de harmónica(?) que um cego sopra, e mais adiante um anjo em pose de "não te mexas". Passado o nosso Arco do Triunfo lá está o D. José montado no seu fiel cavalo de bronze barradinho de caca dos pombos e das gaivotas. Ainda tivemos tempo para visitar a estação do Sul e Sueste onde se encontra, entre outros painéis de azulejos, um exibindo o escudo de Lagos.
Muitas recordações nos embala a memória que preencheram todos estes anos, todas as boas que doutras nem pensar; lembrar a querida MANU (que entende destas coisas dos números) que afirmou: "nove é sempre um número de amor incondicional, de entrega, de humanismo, de viver para o outro e de um certo filantroprismo". (até agora a "coisa" tem acertado).
Uma chinesice exposta numa loja chinesa: um despertador silencioso, é o despertador ideal para quem não acredita que cedo erguer seja a melhor opçõn matinal.