A CRISE CONTRA ATACA!
Lembro-me da minha avó dizer que houve um tempo em que o comércio a retalho vendia tudo o que precisávamos; lixívias e sabões, carrinhos de linha para costurar e tecidos a metro, massas, farinhas e arrozes, cigarros à unidade, vinho a copo, azeite aos quartilhos e postas de bacalhau demolhado, sem esquecer os rebuçados com os “bonecos da bola”.
Foi um tempo em que era “tudo barato” porque tudo era pouco!
Depois chegaram as grandes marcas internacionais permitindo comprar um par de sapatos de fabrico italiano ou um vestido YSL original sem sair de Portugal porque os comerciantes e afins se apressaram a representarem as marcas da moda…
Em simultâneo veio a contrafacção das tais afamadas marcas, vendidas por feirantes em tudo o que eram feiras e mercados e cujo negócio afectou o comércio tradicional.
Porque nada é definitivo, os feirantes começaram a perder clientela a favor dos ciganos os quais vendiam “tudo ao molho” e mais barato.
Estes, os ciganos, começaram a sofrer uma forte quebra com a chegada dos chineses que viram Portugal (e não só) como um óptimo local para expansão do seu comércio.
Só faltava mesmo era ouvirem-se os chineses a queixarem-se porque as vendas cada vez estão mais fracas e os cliente cada vez são menos, por culpa das lojas chinesas que cada vez são mais e que deixam os negociantes de olhos em bico!!!
Será surpresa se voltarmos a comprar cigarros à unidade, azeite aos quartilhos ou bacalhau à posta??