O HOMICÍDIO
Na minha mente ia tomando forma, cada vez com mais força, a vontade de matar o gajo. Já estava saturado de o ouvir. Já estava farto de o sentir perto de mim. Já tinha atingido aquela fase em que, mesmo não o ouvindo pressentia-o.
E o meu ódio, a minha ideia de lhe “fazer a folha” era cada vez maior.
Mas o gajo era cobardolas. De cada vez que eu me voltava para ele, o gajo pirava-se. Cheguei a um ponto de saturação e persegui-o; fui-me a ele decidido a acabar com aquilo de uma vez.
Esmaguei-o contra a parede onde uma mancha de sangue ficou assinalando a morte do gajo, o alvo do meu ódio.
Ainda ofegante do esforço mas sem remorsos, voltei para a cama e, finalmente, consegui adormecer. Maldito mosquito!!!