MUDANÇAS & COSTUMES
Eu nem sou de pensar que o antes é que era bom. Não sou mesmo. Mas há coisas que sabem bem, e que eu gosto.
Gosto de ir comer um petisco a uma tasca daquelas com os barris de madeira atrás do balcão; de ir almoçar a uma daquelas aldeias de pescadores que poucos conhecem, ou nos povoados do interior onde poucos vão comer aquele cozido, ou a bela feijoada; gosto, pronto! (1)
Mesmo acompanhando a evolução dos tempos onde de facto me sinto muito bem.
Vem tudo isto no seguimento de um documentário que vi não me lembro onde, sobre uns índios americanos, já completamente integrados na sociedade, numa qualquer cidade do interior do Colorado, Arizona, ou…??, e que na sua festa anual despiam as roupas e vestiam-se com peles e penas e comemoravam lá o que tinham que comemorar; entre outras coisas, performavam as danças de guerra com todos os seus rituais, enquanto os mais novos, crianças e adolescentes, assistiam!
A quem questionou o chefe o porquê da dança de guerra, se eles não iriam jamais guerrear, foi dada a seguinte resposta: É para que todos saibam como foi que os nossos antepassados viveram, tanto na paz como na guerra. Nem filmes, nem fotos, nem contos ensinam tanto quanto o ver, o ouvir e o sentir!
Não sei o que podem pensar do que aqui deixo escrito, mas eu entendo que devo saber de onde venho para saber para onde quero ir. E se tiver a possibilidade de ver em vez de (só) ouvir falar… melhor será! Mas isto sou eu.
(1) Preferia ter um burro do que um carro, mas isso é outra história.