-Exactamente és uma sexta feira, e depois?, de entre todos os outros dias da semana o que é que interessa isso de seres sexta feira? Nem sequer és feriado, ora bem! -Pois, pois, mas eu bem sei que tu querias ser sexta feira e ficaste bem ff**chateada por seres quinta feira, um dia sem qualquer interesse e que só tem alguma relevância no dia da espiga e na ante antevéspera da Páscoa enquanto que eu sou a sexta feirasanta. -É lá, nada de misturas; e não me metam ao barulho nessas vossas desinteressantes quesílias semanais que eu sendo Domingo estou completamente à parte desses vulgares dias de feira. -Também eu que me prezo de ser um Sábado com esse grande, não quero misturas com esses dias ditos úteis cujas utilidades nunca entendi muito bem por habitualmente ouvir aquele desejo: nunca mais é sábado! -Vocês falam das vossas relevâncias mas esquecem-se que se não fôssemos nós, os outros "feira" que dias seriam vocês?, hum? Eu, segunda feira, sei que não sou muito popular mas isso pouco me afecta porque compreendo e aceito bem todas e todo o tipo de ressacas que os fins de semana acarretam. E sempre proporciono algúm alívio aqui à minha vizinha terça feira cuja paciência para aturar madurezas e estados de alma é completamente inesistente. -É verdade vizinha, tantos queixumes que uns simples e desinteressantes dias de semana se propôem discutir querendo garantir a sua relativa importância sabendo que o seu máximo destaque é a eventualidade de "calharem" a ser feriado. E a vizinha bem sabe que o carnaval a mim ninguém me tira.-Já eu, uma singela e desinteressante quarta feira, sei bem que o meio da semana não é própriamente a mais nem a melhor localização de um dia de feira; mas isso pouco importa até porque nada posso fazer para alterar a situaçõn e além disso sinto-me muito bem neste meu incontestado dia. Há todavia algo que nenhum outro dia me pode tirar, nem substítuir, nem usurpar: sou o único dia de qualquer semana que pode ser a Quarta Feira de cinzas! E já agora, seus emproados e calhordas Sábados e Domingos, vocês são os dias em que há mais o que mais desprezam: as Feiras.
... fazem e dizem barbaridades sem se importarem minimamente pelas consequências dos seus actos cientes de que nada os afectará).
Há quem afirme que a história não se repete e também há quem diga que sim, que nada é novo mas unicamente uma constante repetição de factos, de atitudes e de personalidades.
Valha a verdade pouco sei destas teorias e por isso a minha opinião é irrelevante. Todavia no que é possível ver de um antes e de um agora é impossível não detectar algumas semelhanças, quer nas posturas, quer nas atitudes, quer nos discursos "inflamados" para multidões pre-dispostas a apoiar tudo o que lhes dizem, uns sem ouvirem/perceberem o que lhes é dito, outros por "ouvirem exactamente" no que querem acreditar. Assistindo a videos de discursos de Mussolini e comparando-os com as intervenções de Trump, as semelhanças de discursos e de atitudes não podiam mostrar maior semelhança. Mussolini "juntou-se" a Hitler e confortado com esta aliança invadiu a Abissínia. Só falta mesmo Trump invadir o que lhe der na "bolha" aliando-se a quem achar que mais "lucros" lhe possa proporcionar. (e tem vários à escolha).
Se eu acreditasse em Deus diria: VALHA-NOS DEUS(na esperança que ELE seja verdadeiramente melhor que estes 2).
Um peido encontrou outro num dos refegos do delgado intestino onde habitam à condição. Caminham lado a lado, sem pressas, quando por eles passa numa correria aflitiva, uma bufa amarela que, falhando por pouco o apêndice, segue desenfreada na direcção da saída. Azar! O trânsito é muito e está congestionado. A bufa aflita, bufa de aflição e tenta a passagem por entre o espesso aglomerado acastanhado que tem pela frente, mas sem sucesso. Lá mais à frente ouve-se um: não empurrem! Entretanto chegam os dois peidos e diz um: está tudo emtupido. E diz o outro: mas que grande merda! E diz a bufa: e eu aqui aflita para sair. As paredes tremulam originando deslocação para a saída de toda aquela trampa, num movimento inicialmente lento mas ganhando velocidade a cada tremura. A bufa desandou com tal rapidez que nunca mais foi vista e os dois peidos aproveitaram uma nesga para ganharem a liberdade.
Hoje acordei cedo quando já era tarde. Acordei com vontade de dormir e sem vontade de acordar para o novo dia de luta, o novo dia de aturar quem tinha que aturar. Acordei desejando que já fosse noite para justificar-me o desejo de voltar a adormecer. Mas o facto é que acordei e não há volta a dar; levanto-me, vou “ali” aliviar-me e lavar-me, “assimilo” a vestuária e junto-me à amálgama de uns tantos outros que, como eu, vão caminhando a favor da corrente que nos leva para o destino pré-determinado, o mesmo que nos obriga a acordar mas que outras tantas vezes queremos não o fazer: nem acordar, nem ir a favor da corrente. Esta noite sonhei (sonho muitas vezes, até de noite quando estou dormindo), que era um faisão, adornado de lindíssimas penas coloridas que se prolongavam numa cauda longa e vistosa, que esvoaçava feliz da vida por sobre uma floresta de coníferas. No céu azul o sol brilhava realçando as infinitas cores da natureza e de repente um som aterrador:
PUM!Uma chumbada acertou-me exactamente na peitaça e que me fez acordar aos gritos:
ASSASSINO, ASSASSINO…
assustando a gata que correu disparada para fora do quarto, e o cão que debaixo da cama ladrou, ladrou exaustivamente até quase manhã.