Quando nasci em 2007, dum parto a 3, (a saber: maria kuak, nck e kok), nunca pensei ter vida para além de meia dúzia de meses. E no entanto, e apesar da minha descrença, aqui estou com 15 anos no bucho em resultado do apoio de muitos amigos que por aqui vão deixando comentários, e da teimosia dum galo cujas ideia e imaginação já conheceram melhores dias (e noites). Em todo este tempo encontrei muitos blogs; alguns perderam-se nas ruas blogosféricas mas outros há que ganharam espaço e vão-me acompanhando apesar das minhas irregulares e prolongadas ausências "textuais". Considerando que tudo tem o seu tempo é certo que o meu já não será muito mais longo, que isto de viver encafuado num galinheiro e estar dependente da vontade dum galo não deixa grandes prespectivas de continuidade; todavia nunca se sabe o dia de amanhã sem o vivermos, por isso... até amanhã.
Era mesmo o que faltava para compor o ramalhete: entrar-me galinheiro adentro o FdP do vírus para infectar a criação e obrigar-nos a uma quarentena forçada. Porra p'ra isto! Diz o sôdótor que tenho sorte por estar vacinado e assim não é tão grave. Sorte?
Foi a 14 de Agosto de 1385 (segundo consta, depois do almoço) que aconteceu a batalha de Aljubarrota "patrocinada" pela recusa de sermos espanhóis apesar da vontade deles e que, passados quase dois séculos, (de 1580 a 1640) conseguiriam concretizar durante uns longos 60 anos.E porque carga d'água é que me lembrei eu disto? Porque há por aí (por cá) quem advogue que a Ucrânia não deveria ter respondido com armas à invasão que está a sofrer. Que deveria ter-se deixado ocupar para depois ter paz; que tipo de paz? Sepulcral? Pela mesma óptica não deveríamos ter corrido com os espanhóis, né? Todavia nós portugueses, somos um povo (dizem por aí) que não se governa e nem se deixa governar, razão suficiente para não aceitarmos de "boa mente" nem olés, nem sevilhanas, (excepto em férias e mesmo assim nada de abusos). Quem entenda que "amouchar" é o melhor caminho para a paz, que amouche. Mas não critique os que permanecem de pé.
A última sexta feira foi dia 13, para muitos um número de azar, para outros nem por isso; é somente um número tal como para os japoneses é o número 4. Não é que eu acredite nisso e seja mais pelas coincidências, boas más ou outras, que acontecem quando não se esperam e nos apanham com as calças na mão (salvo seja). E esta 6ª feira 13 foi para mim um culminar de "coincidências": o meu carro que se avariou em plena autoestrada quando ia ajudar um amigo cujo carro se avariou na (mesma) autoestrada. Foi o confirmar de cenas dos últimos dez meses que me foram sistematicamente desfavoráveis, sendo que esta última foi a menos grave, a que menos preocupação me deu. Posso mesmo afirmar que, mais do que a última 6ª feira, os meus últimos dez meses foram plenos de coincidências de 6ª feiras 13. Coincidências? Não há coincidências? Também dizem que não há bruxas, todavia...
Todavia os azares (ou a má sorte) cruzam os nossos caminhos, chegando mesmo a acompanhar-nos na nossa incerta jornada de vida cujo destino desconhecemos por completo. Hoje fizemos algo que não deu certo?, foi azar! Ou então não tivémos sorte. Amanhã voltamos a tentar acreditando que a sorte vai mudar e que o azar não está sempre atrás da porta. Puro engano; ele está lá sempre! Pode é, por uma vez, estar distraído. Quero fechar-lhe a porta mansamente para o não acordar. Quero também fechar a porta a todas as coincidências (boas, más e outras) que me apoquentam (chateiam) acreditando que assim possa mudar o rumo dos meus azares (ou da minha má sorte). Depois de cada dia 13 acontece sempre um dia 14, né?