O tempo voa, os anos passaram e subitamente tenho 13 anos. Sinceramente nunca pensei que tal pudesse acontecer-me porque um BLOG nascido e alimentado por um Kok não é suposto ter uma vida que vá além de alguns (poucos) meses, não muitos mais de 7 ou 8, sobretudo quando concebido pela Kuak(por ondas tu maria?) e pelo NCK(sumido não se sabe onde nem porquê) e gerado por estes três. Mas a verdade é que já lá vão treze anos e ainda estou vivo. Milagre? Nãããã... é pela vontade (às vezes pouca) do galinácio progenitor que ora lhe apetece escrever umas parvoíces, ora fica semanas sem por aqui passar. Mas este galinheiro existe principalmente e sobretudo pelos amigos que insistem em aqui deixar os seus comentários alimentando-me a existência. Se não fossem as vossas visitas/opiniões outro galo cantaria, leia-se: eu já não existiria! Afinal dum galo, para além do cacarejar de madrugada ou de uma saborosa cabidela, que outras certezas se esperam?
Sem nada para dizer, para ouvir nem apalpar, decido-me por mostrar algo para ver e olfatar. Está um pouco desfocada, eu sei, mas numa flor não se procuram segredos, somente a sua beleza e o seu odor!
No passado fim de semana alargado (alarguei-o eu em proveito próprio), fui de Oeiras para Loures, passando pelas bermas de Lisboa e da Amadora, os dois concelhos vizinhos deste lado. Nada de transcendente aconteceu excepto a viagem porque este desconfinamento foi uma mentira. A única diferença foi ser na casa dos outros, que nos fizeram companhia sem máscaras nem luvas. Confesso no entanto que um caril de frango, uma caldeirada de safio, um arroz à Valenciana, um ensopado de borrego, um bacalhau..., resumindo: seria um excelente momento de confinamento. Mas não foi! Isso foi o que eu gostava que tivesse acontecido porque na verdade o que a "cozinha produziu" foram bifes de frango e de perú, grelhados (blherk!), alternados com salmão igualmente grelhado e acompanhado com saladas e arroz branco (que foi outra companhia constante em cada prato). Sem ter absoluta certeza do que afirmo atrevo-me a declarar que perdi meia dúzia de kilos (o que é bom) mas adquiri aversão a tudo quanto sejam animais com penas (até eu mesmo que não me posso ver num espelho, o que já vem de longe mas isso é "doutra vida"). Ainda bem que isto está para acabar, em todos os sentidos, a bem da minha saúde: física e mental!
Por sugestão de uma AMIGA (que se lembrou do tempo em que os nossos treze anos não eram condicionados por selfies nem pelas diversas e variadas aplicaçõns hoje tão vulgarisadas), fui buscar ao baú a minha foto (de fotógrafo) dos meus longínquos 13 anos. Olhando-me fico com a ideia de não ser eu que ali estou; mas sou! Algo se perdeu pelo caminho em todos os anos passados? Tudo depende da perspectiva, né? Haverá quem prefira esta mostrada dias atrás!! "Ele" há gostos para tudo.