Não sei se é obsessão, se fixação ou se outra qualquer razão é responsável pelo facto mas desde que ele, o Costa, decidiu proibir que os automóveis fabricados antes do ano 2000 circulassem na zona nobre (??) da capital, que ele, o Costa, vê automóveis em todo o lado; primeiro foi uma jornalista que lhe apareceu detrás de um carro imaginário para inopinadamente lhe fazer uma pergunta e agora aparece-lhe inopinadamente um camarada socialista candidato a presidente da república (detrás do mesmo carro?). Alguém, acessor ou conselheiro, deveria ter o cuidado de lhe dizer, ao Costa, que ele anda a ver carros a mais! E não confundir os virtuais imaginados com os reais.
Voltem para cá que aqui é agora uma terra plena de oportunidades!
Ouvindo hoje este tipo de afirmações num discurso destinado aos novos desempregados e/ou emigrados, não sei se deva chorar ou se deva rir do que continua sendo uma tristeza; afirma-se que temos os cofres cheios enquanto as pessoas sentem cada dia mais dificuldades e muitas delas sem meios de subsistência, diz-se aos jovens para se multiplicarem apesar da situação de desemprego vigente...
Ocorre perguntar: em que país vivem (têm vivido todos) os nossos governantes?
... ditas publicamente por um político (no caso um 1º ministro em exercício):
-não podemos ser piegas!
-que se lixem as eleições!
-portugueses: emigrem! (mesmo que agora o negue)
-o desemprego não é uma tragédia; é uma nova oportunidade de emprego!
-o programa de governo grego é um conto de crianças!
-já alguém perguntou aos 900 mil desempregados de que lhes valeu a Constituição até hoje?
-pensei que pagar o contribuição à Seg. Social fosse uma opção!
-(ou pior) ... que não era obrigatório pagar à Seg. Social! (no regime de recibos verdes ou na generalidade?).
-ninguém espere que eu seja um cidadão perfeito! (acrescento eu: mas não é obrigatório ser assim tão cínico).
-eu não disse nada disso, ou... não foi isso que eu quis dizer!
São seguramente bastantes mais os exemplos que poderia expor, alguns outros eventualmente com maior impacto, mas acabou-se-me a paciência para mais pesquisas; serão necessários outros para exemplificar a ligeireza de conceito de um alto dirigente de um país para o desempenho das suas funções?
E todavia a nossa sina não se resume à actualidade. Se fizermos uma retrospectiva percebemos que cada um é pior que o outro.
Em tempos a amada esposa de um promissor(?) político português afirmou publicamente: se fosse um peixe, o meu marido seria um cherne.
Meses passados o cherne decidiu-se por outros mares de diferente profundidade vindo a revelar-se mais como um carapau de gato, o vulgar jakinzinho, cuja semelhança com um cherne não vai além de terem barbatanas, pois que nem escama têm (os carapaus).
Conclui-se, portanto, que a dita amada esposa não é frequentadora da lota e por isso nada percebe de pescado.