LEITURAS (1): 70 ANOS depois
post que sugiro leitura
http://blog-do-stress.blogs.sapo.pt/70-anos-depois-12366
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post que sugiro leitura
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Com tanta gente indo a Évora para visitar o grande inocente, amigo e sempre com uma incrível boa disposição, (apesar de estar preso detido), lembrei-me: e porque não ir eu também visitá-lo? Que diabo, ainda que o tenha criticado muitas vezes com adjectivações obscenas, mal não me fará ir vê-lo; (de resto alguns dos que lá têm ido terão expressado o mesmo que eu, só que agora...).
Põe-se-me uma questão: o que levar para lhe oferecer? Se eu estivesse em Barcelos levava-lhe um galo; se estivesse em Nisa seria uma bilha de barro vermelho decorada com pedrinhas brancas; se estivesse na Nazaré levava-lhe um barquinho miniatura!
Mas como eu estou na Caldas da Rainha...
... je suis trois fois CHARLIE!
Sabendo que as memórias podem ter diversos tamanhos, é natural que outros assuntos vão ocupando espaços e, por isso, esta coisa se "ser Charlie" se desvaneça com o passar dos tempos; aliás, há muitos exemplos disso nas memórias de todos os que tendo vivido numa determinada época vão mantendo a lembrança mais ou menos nítida dos acontecimentos enquanto os que não os tendo vivido os vão deixando cair até uma quase total indiferença, somente ressuscitado num qualquer evento histórico que (por exemplo) seja activado porque "faz x anos" que aconteceu. Toda esta lenga-lenga para justificar les trois fois Charlie? Também!
3-Foi bonito de ver todos aqueles governantes políticos, de braço dado, na primeira fila da gigantesca manifestação em Paris (de França). Admito que falassem sobre o bárbaro ataque aos jornalistas, mas também não me custa admitir que falassem de evolução da economia, e da Grécia, e das eleições que querem ganhar (aqui um parentesis para um 1º ministro que quer que as eleições se lixem), e do cão lá de casa, etc., etc. Foi de facto "lindo" de vê-los assim juntinhos, mas o mais importante seria que estivessem unidos. É que esta coisa de se juntarem porque a coisa estoirou aqui ao pé da nossa porta parece ser mais preocupante/importante do que quando acontecem barbáries "fora de porta", sejam no Paquistão, no Iemen, ou... Ver de braço dado aqueles que não se têm preocupado para melhorar e/ou resolver as condições de vida de quem os elegeu, as condições de relacionamento dos diversos países sem olharem para o seu próprio umbigo, mas que se mostram para a fotografia porque fica bem solidariezarem-se contra este atentado à liberdade de imprensa, é um cinismo à escala planetária.
2-Li muito do que foi dito/escrito/opinado nestes últimos dias, sobre este assassinato dos jornalistas franceses. Desde quem condene liminarmente o acto até (pasme-se) aos que afirmam: eles (os jornalistas) estavam mesmo a pedi-las!
Se é possível perceber estas últimas afirmações, só o posso fazer acreditando que quem as produz nunca viveu num regime onde a liberdade de imprensa não existe. Um regime onde qualquer um pode ser preso unicamente porque pensa diferentemente. Um regime onde (por exemplo) não seria noticiada esta barbaridade acontecida em Paris (de França). Um regime onde não haveria a possibilidade de ter acesso à internet. Um regime onde não teriam liberdade para dizerem tudo o que dizem a propósito deste massacre. Porque a liberdade de imprensa tem que fazer parte da LIBERDADE, incondicionalmente. E matar pessoas (sejam ou não jornalistas), não é liberdade; é crime!
Disse (creio que foi) Voltaire:
Não concordo com o que V. diz, porém defenderei até à morte o seu direito de o dizer.
Para todos os que não entendam aquela forma de estar, para todos os que acham que quem não é por mim está contra mim, para todos os que querem aniquilar aqueles que os criticam, para os que achem que "eles estavam mesmo a pedi-las" só porque exprimiram as suas opiniões por mais agressivas que possam ter sido, para todos esses que acreditam que a sua liberdade é absoluta e intocável, deveriam ter presente aquela "Voltairisse"!
1-Todos esses velhos do restelo certamente prefeririam que os jornalistas, fotojornalistas, cartoonistas e outros elementos da imprensa escrevessem, fotografassem ou desenhassem sobre caracois, amibas ou culinária (ainda que neste último caso haja que ter cuidado com os cugumelos e não usar a flor do tomate).
E saibam que o esconder, o ignorar ou o camuflar não é definitivamente a solução.
ilustrações copiadas da net; obrg a quem as produziu.
A notícia é excelente,(sobretudo depois do sr. coelho (que é o 1º ministro) afirmar que as investigações científicas devem ser feitas por entidades privadas e não subsidiadas pelos dinheiros públicos (porque estão reservados para as instituições bancárias?): couves e mostarda em Marte graças a 1 projecto português de 8 estudantes da Universidade do Porto, que venceram a competição mundial "MARS ONE".
E então recordei-me de outra máxima do mesmo sr. coelho: EMIGREM!!!
Até parece que aqueles 8 se estão preparando para seguir esta pérola (regorgitada pelo sr. coelho) e já estão preparando terreno para quando lá chegarem terem umas couvinhas para se alimenterem, juntando às postinhas de bacalhau que leverão na bagagem.
Mas, caramba, Marte? Acham mesmo que será preciso ir tão longe?
Um ano que não é bicesto bissexto é (numa perspectiva coelheira) um ano que não ajuda economia porque tem menos um dia para trabalhar; digo isto tendo em conta que a anulação de 4 feriados foram essenciais para o desenvolvimento da nossa economia. Deve ser por isso que Portugal cresceu nestes últimos dois/três anos.
É por isso que acredito que daqui para a frente só há um caminho:
crescer, crescer, crescer!
E digo crescer e não subir para não confundir Portugal com o feijoeiro mágico que de um dia para o outro levou o Joãozinho para lá das núvens. Porque há por aí muito político que ainda acredita (ou quer fazer crer) em fadas!
A esperança é que para nós simples mortais, orfãos de subsídios e de ajudas de custo, é este ser um ano melhor que os anteriores, mesmo não acreditando nessa inovação de uma política verde, amadurecida na cabeça de um político de pequena estatura (física), camuflando esta decisão como uma amiga do ambiente.
Que os raios e coriscos se finem nestes primeiros dias e que as estrelas nos acompanhem todo o ano!
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