Para todos os que por aqui passam, e fazendo jus ao habitual nestas datas, desejo que tenham um excelente Natal, (cheio de coisas boas seria o ideal), junto de quem mais desejem. E que tenham todos a capacidade de rir independentemente do resto!
Aproveito para contar o caso que me aconteceu hoje: passando pela zona do mercado encontrei um perú, sozinho e de "monko caído"; porque me pareceu estar triste aproximei-me e disse-lhe:
-Olha, estás tão triste, tão só e aborrecido, não queres estar à minha mesa de consoada?
Não sei o que lhe deu! Eriçaram-se-lhe as penas e abrindo as asas numa atitude ameaçadoura atirou-se a mim como "gato a bofe", de machado em punho, gritando insistentemente:
-Não gosto de Natais... não gosto de Natais... não gosto de Natais... não gosto de Natais...
Não sem algum esforço e muita sorte consegui livrar-me da criatura refugiando-me no WC do café da esquina.
E pensando em tudo isto concluo: já não se dá valor a uma boa intenção!
Depois de quase quatro meses de ausência, nos restauro de um templo, o Sr. José (carpinteiro de profissão), regressa a casa e encontra a esposa grávida de pouco menos de três meses.
-Estás grávida Maria? Como é que isso aconteceu?
Ela foi explicando que foi um anjo que lhe apareceu e que depois veio uma pomba e depois...
-E foi assim que aconteceu, José. Percebeste? Foi um milagre...
-Mais ou menos. Mas conta-me lá outra vez para ver se eu percebo melhor.
-Então foi assim: apareceu-me o anjo Gabriel...
-O Gabriel? Como é que sabes que era o Gabriel? Já o conhecias?
-Não! Foi ele que me disse...
-Ah! Continua...
-Pois ele chegou e disse-me: foste escolhida!
-Hum..., e depois?
-E depois chegou uma pomba que poisou no meu ombro...
-Uma pomba? Tens a certeza?
-Sim, era uma pomba branca muito bonita e que me fecundou e de seguida voou para longe.
-No ombro? Costuma ser outra coisa o que os pombos largam nos ombros de quem passa.
-Não sejas parvo.
-Mas tudo isso aconteceu quando?
-Foi naquelas semanas que estiveste fora, quando foste arranjar os móveis do templo.
-Hum...
-Agora já percebeste?
-Acho que já estou a perceber!! Mas conta-me lá isso tudo outra vez...
-(Oh valha-me Deus!) Então foi assim: apareceu-me...
-Não gosto de Natais... não gosto de Natais... não gosto de Natais... não gosto de Natais...
