Sem surpresa o meu PC entrou em depressão! Ou em recessão, sei lá! É que de tanto Gaspar e de tanto Coelho já nada é de espantar; até um PC pode muito bem sofrer um colapso. Fiz-lhe reanimação como se vê nos filmes e nada. Nem mesmo a soprar-lhe para a porta USB deu resultado. Disseram-me que isso poderia ter agravado a crise. Enfim, agora resta-me encontrar quem o devolva à vida sendo que quem eu conhecia "desactivou-se".
Emprestaram um portátil. Mas...
Ontem cumpriu-se outro ano de existência deste blog. Quando o iniciei dei-lheuns mesinhos, um ano no máximo! E no entanto tem-se mantido sobretudo devido aos amigos que por aqui vão comentando e a quem agradeço pela vossa amizade e assiduidade. E consideraçõn!
À dias sugeriram-me colaborar num blog de escrita a meias, e eu pimba: aceitei! Escrevi, enviei e foi publicado no passado domingo. Podem ler ao visitarem o tal blog:
Não há muitas coisas que eu me atreva fazer na área das reparações que envolvam habilidades manuais, nem para arranjos domésticos, e mesmo nas limpezas não sou de fiar. Tudo o que vai para além de pregar um prego (à 3ª ou 4ª tentativa), é uma odisseia; e se for numa parede então…
É por isso que estou sempre disposto a contratar quem perceba do assunto, utilizando o conhecimento de quem sabe e/ou que já tenha experiência na matéria.
Sobretudo tratando-se de algo que exija delicadeza e algum tacto, como é o caso de limpezas específicas em áreas de utilização diária.
A imaginação de cartoonistas e de gráficos leva-os a humanizarem bonecos que não poucas vezes se assemelham fisionomicamente a personagens reais. Não sei em quem se inspirou o autor de Ratatoui mas...
Os dias da mãe são, na maioria das vezes, uma corrida de fundo onde a falta
de tempo para estar com seus filhos provoca um sentimento de culpa e até algum sofrimento:
-Acordar mais cedo e preparar o pequeno almoço.
-Acordar os filhos.
-Obrigá-los a levantarem-se, e a despejarem a bexiga sem molhar o pijama.
-Obrigá-los a lavarem-se.
-Obrigá-los a vestirem-se e a comerem o tal pequeno almoço de que nunca gostam.
-Carregá-los para o infantário (ou para a escola).
-Correr para apanhar o transporte colectivo “ideal” que já deve ter passado.
-Correr para o local de trabalho sem ter tempo de beber “aquele” café que tanta falta lhe faz e que tão bem lhe sabe, logo pela manhã.
-Iniciar, já cansada, o dia de trabalho, pensando sempre em como lhe sabia bem ter tido tempo para beber o “tal” cafézinho.
-Telefonar ao infantário para confirmar que está tudo bem, sem quedas nem incidentes ou acidentes.
-Almoçar num sempre em pé (porque ontem em casa não teve tempo de fazer a marmita) uma sopinha do dia e uma salada para acompanhar a sandes de queijo fresco:
“Ó Sr. António ponha só um bocadinho de sal sff”.
-Sentar-se por momentos na pastelaria da esquina para saborear o “tal” cafézinho:
“Ó Sr. Carlos sff tire-me outro que este estava queimado”.
-Voltar a telefonar para o infantário para saber se as crianças comerem tudo ao almoço e lembrar para que não se esqueçam de lhes dar a colher de sopa de xarope para a tosse, de 3 em 3 horas.
-Chega ao fim do dia de trabalho extenuada física e mentalmente e aproveita os cerca de 20 minutos de espera na paragem para o transporte colectivo chegar e partir, para ter algum descanso.
-Luta ainda para garantir um lugar sentado no percurso de quase uma hora até chegar ao “dormitório”, vai buscar os filhos ao infantário, que como sempre são os últimos a sair, e finalmente está em casa.
-Enquanto as crianças se “lavam” prepara o jantar: descongela a sopa no micro-ondas, abre um pacote de batatas fritas para comporem o prato onde ovos, salsichas e fatias de fiambre estarão presentes.
-Terá ainda que lavar a loiça e o fogão, varrer e limpar o chão da cozinha, e espreitar a novela antes de “ver” no computador, o marido emigrado nas arábias.
-Resta-lhe tempo para afagar os filhos de fugida, (brincar com eles só mesmo aos fins de semana), metê-los na cama e, depois de uma rápida chuveirada, estender-se finalmente na sua própria cama (agora grande de mais) tentando recuperar-se para o novo dia que já está quase quase a chegar!
São assim os dias da mãe.
De muitas mães. Das que ainda têm trabalho, evidentemente!