Num Agosto algarvio onde há falta de espaço em quase todas as praias na costa sul, na Ingrina isso não é regra pois apesar de pequena há sempre espaço para mais gente.
As fotos "tiradas" no dia 1 da Agosto mostram:
-na 1ª: a perspectiva da maçã.
-na 2ª: a minha perspectiva.
Num verão intermitente do tipo pisca-pisca, a visão de uma praia talvez faça esquecer uma ou outra núvem passageira.
Não sei que horas eram, mas já era de noite; já era madrugada!
Estava tudo escuro e as luzes acesas dos candeeiros de rua que atraiam à sua volta enxames de mosquitos e de borboletas, assim o confirmavam.
De início não ouvia nada. Nenhum ruído, nenhuma vibração, nada!
Com algum cuidado evitando movimentos bruscos, olhei em redor.
Ninguém à vista; tudo deserto e sossegado!
O silêncio só era interrompido pelo ruído de algum carro que passava “lá longe”, ou pelo miar ameaçador dos gatos em confronto na disputa dos favores sexuais da única gata que àquela hora se passeava pelas redondezas.
Olhei em volta e o sítio pareceu-me familiar. Tentei pensar; nada!
Subitamente percebi: estava sentado no degrau de entrada para a minha casa.
Que raio estou a fazer aqui?
Numa espécie de visão enevoada começaram a definirem-se as imagens do encontro com os amigos, (no jantar que levou algum tempo a preparar), e que tanto prazer nos deu durante várias horas.
Prazer pelo convivo e pelo que se comeu e se bebeu.
E, sei agora, foi esta última parte que me “sentou” neste degrau.
Não sei à quanto tempo estou aqui mas sei (e talvez por isso aqui tenha ficado a assentar…) que “lá em cima, naquele primeiro andar vindo do céu” vou ser recebido com aquela frase, enganadoramente meiga e sedutora:
5 em 1 Parece e podia ser uma promoção. Mas não é uma promoção!
É a história (real) do locutor, do repórter e do entrevistado.
1- o Locutor: vamos agora em directo para a conferência de imprensa onde está o repórter para ouvir as declarações do entrevistado que vai falar sobre a situação dos blá blá blás e suas consequências. Alô Repórter…
2- o Repórter: olá Locutor, boa tarde. Estamos aqui para ouvir as palavras e o que tem a declarar o entrevistado que já está a falar sobre a situação dos blá blá blás e as suas consequências. Vamos então ouvir…
3- o Entrevistado: … ção dos blá blá blás é terrivelmente preocupante assim como as suas consequências que na actual conjuntura serão seguramente nefastas!
4- o Repórter: acabámos então de ouvir o entrevistado que confirmou serem nefastas as consequências da actual situação dos blá blá blás. Daqui é tudo! Locutor a emissão é tua.
5- o Locutor: ok Repórter. Acabámos então de assistir à declaração do entrevistado que falou sobre a situação dos blá blá blás, afirmando que na actual conjuntura as suas consequências serão seguramente nefastas.
Será possível pensarem serem necessárias doses repetidas (tipo tratamento a antibióticos) para surtir efeito?
Estive a ouvir com alguma atenção a entrevista que este Sr. Ministro deu na TVI à excelsa Judite Sousa (sem o "de").
A ideia com que fiquei é que o Sr. Ministro da Saúde está preocupado com as despesas que as pessoas podem originar quando vão às urgências, quando têm que ser operadas, ou quando têm que tomar medicamentos que lhes permitam viver mais uns anitos.
Compreende-se! (Compreende-se???) O homem (ex administrador da Medis e ex vice-presidente do BCP) é licenciado em Organização e Gestão de Empresas e tem uma pós-graduação em Gestão Fiscal; por isso tudo o que seja diminuir a despesa tem a sua concordância, desde que não seja no seu (dele) vencimento!
Mas a ideia com que fiquei é trágica:
-imagino que hajam 10 pessoas em lista de espera para serem operadas;
-5 morrem antes da operação;
e pensa o Sr. Ministro: coitados! mas sempre se pouparam as despesas de 5 operações.
Estou a ser injusto com o Sr. Ministro? Talvez esteja! Talvez... Ou talvez não!
Seria muito importante e até uma obrigatoriedade saber-se como foi que o estado social foi desbaratado e ponto de estar (segundo dizem) à beira da falência. Quais foram os políticos que contribuiram para essa situação. Que benefício trouxeram os recibos verdes para além de beneficiarem os empregadores que passaram a não terem que pagar à seg. social e a poderem pagar menores salários?
São seguramente os mesmos políticos que agora apregoam a "nossa" obrigatoriedade em suportar os sacrifícios até para lá de 2013 (???).
Se eu não soubesse rir nem sei o que faria... Mas não está fácil engolir tanto sacrifício, porra!