Não assisto à campanha eleitoral. E raramente vejo um debate político mais do que alguns segundos. Não tenho paciência para assistir a um rosário de aldrabices, ou de vaidades, ou de insinuações, que na prática nunca têm outro resultado que não seja o ganhar ao outro. Ganho efémero, mas ainda assim um ganho! Isto, segundo a bitola (variada) dos comentadores que após cada um dos debates se afadigam nas televisões (e rádios) a dar a "sua pôia" em divergentes ou convergentes apreciações.
Um desses comentadores afirmou que é perigoso quando o povo não gosta dos políticos pois que por norma isso é um dos caminhos para a ditadura.
Pois sim! Mas a culpa é do povo? Ou é dos políticos que "se põem a jeito"?.
Não sei muito bem como é essa coisa da idade dos cães em comparação com a idade dos ú-manos mas posso afirmar: a Migas já tem idade para assistir correctamente a um debate político na televisão.
Inicialmente senta-se e olha para o aparelho.
Depois estica-se na carpete com a cabeça entre as patas dianteiras e com o focinho sobre um Silvestre de peluche (cuja cabeça desapareceu misteriosamente).
Finalmente descalça as meias e adormece conforme consta na imagem em anexo.
Eu não fui tão inteligente e estive a ouvi-los de princípio a fim.
Devia ter seguido o exemplo da Migas, ainda que dispensando o Silvestre como almofada.
Hoje fui à feira de propósito para contrariar um velho hábito que lá me levava nos últimos dias, ou mesmo no último. Entre outros, comprei estes dois livros: Um de Mário Zambujal e outro de Deana Barroqueiro.
Voltei a ter o prazer de falar com Deana Barroqueiro, o que foi um previlégio que é o que acontece quando há oportunidade de falar com pessoas cuja simpatia parece não ter limites e que têm sempre tempo para estarem com os outros, falando de tudo e de nada e sempre com um sorriso nos lábios.
Mas a feira do livro não há só livros.
Há pessoas comprando livros, outras somente passeando, bébés com os pais, cabeçudos, e até lá vi umas botas que me prenderam o olhar.
Há anos que não ia ao Parque Mayer. Está irreconhecível!
Não sei o que pretenderão fazer ali, mas façam.
Gostei de ver a Revista, que achei muito bem conseguida e interpretada. Há bastante tempo que não assistia a uma apesar de ser um espectáculo que gosto. Recomendo!!