Naquela noite a temperatura estava um pouco alta ainda que soprasse uma ligeira aragem. Apaguei a luzes da casa e sentei-me no alpendre, naquela cadeira de baloiço que gemia a cada solavanco.
Pudera!, era de verga…
Com os pés firmados no parapeito para me ajudar ao leve balançar, bebi uma golada do whisky de malte, do copo que poisei sobre a mesinha (também de verga) e acendi um cigarro.
Reparei que o céu estava limpo de nuvens mas pleno de estrelas e a lua no seu quarto crescente preparava-se para passar a noite fora.
Adivinhava-se uma noite calma, agradável e sem problemas. O silêncio só era interrompido pelo ladrar longínquo dum cão ou pelos meados de Março, o gato que iniciava o seu período de cio. (meados?, miados!!).
No entanto fixei uma “estrela”, assim… azulada, que parecia estar a aproximar-se. E quando olhei novamente, lá estava ela mais próxima; e cada vez mais até que poisou no meu quintal, precisamente na parte das couves galegas e ainda com uma perna na zona das cebolas e dos alhos! Safaram-se as alfaces e os tomates!
Não era uma estrela! Era uma nave extra terrestre!
Com a surpresa e a atrapalhação entornei o malte e queimei a língua porque quis fumar o cigarro ao contrário. O f…. não saiu porque estava com a boca aberta, espantado com o sucedido. É que não é todas as noites que aparecem extra terrestres no meu quintal; aliás esta até foi a primeira vez.
Para encurtar: saiu lá de dentro um gajo verde, todo maneiro, que me disse:
-Ggrfnd*/ wwiu lehkelehk?
-Hein????
-Bekhlek gdrungg.
Voltou à nave e de regresso trouxe a tradutora, uma extra-terrestre insuflável com a cara da Nikola Kidman. Fiquei a saber que:
-Ggrfnd*/ wwiu lehkelehk? = tens casa de banho?
-Bekhlek gdrungg = tou à rasca.
-Ok e lá o levei ao local. Primeiro queria fazer na banheira porque: yiionk wngu wngu.
Lá o consegui convencer que a pia era o local indicado e que depois descarregava-se a água e a tal yiionkia pelo cano abaixo.
Mal sai e fechei a porta ouviu-se um enorme exhp seguido dum grven pavoroso.
Finalmente o gajo verde voltou ao alpendre e ficámos ali à conversa, bebemos umas minis e fumámos uns charros que o gajo foi buscar à nave. Disse-me que:
O Obélix é que tinha razão: estes bretões saõ doidos!
Arranjarem um local próprio para que as pessoas se beijem numa despedida, só mesmo no reino de Sua Majestade. E isto não é brincadeira de carnaval.
Â
Faz-me lembrar uns amigos que há uns anos quiseram entrar no metro sem pagar porque só iam à plataforma de embarque (na estação do Saldanha) para se despedirem de um deles que ia embarcar com destino ao Campo Grande!
E este caso em Torres Vedras também não é uma partida de Carnaval.
Porém, no próximo ano estou convencido que no Carnaval de Torres Vedras ainda havemos de ver e ouvir falar no MagalhãesGate!
Alice é a minha namorada! Ontem vi-a ao longe, caminhando apressadamente, e comecei a segui-la. Inicialmente por curiosidade e depois com alguma desconfiança, devo confessar. Porque o seu comportamento era intrigante! Olhava em redor como se procurasse algo ou alguém.
Atónito e intrigado, vi-a a olhar uma e outra vez em seu redor e decerto acreditando que ninguém nela se fixava entrou deliberadamente numa viela escura onde eu jamais imaginaria puder encontrá-la, tanto mais que logo de seguida me apercebi de que também um qualquer “gajo” fez o mesmo percurso.
Sem me decidir que atitude tomar, fiquei especado olhando fixamente para o local onde a Alice tinha desaparecido; estava completamente siderado e pior fiquei quando, passados alguns instantes, vi surgir daquela penumbra de início de noite que envolvia a tal viela o outro “gajo” que olhando de soslaio para trás, vinha puxando o “zip” das calças de ganga.
Caramba! Que diabo se estava a passar naquele escuro?!?
Com a minha Alice…?
Completamente fulo, lancei-me naquela maldita e escura viela.
Primeiro nada vi!
Depois começaram a surgir as primeiras imagens de vultos encostados à parede e por fim, finalmente, vi a minha namorada.
A minha Alice de semblante descontraído, com uma expressão de alívio, quase feliz, lá estava ainda de cócoras aliviando-se de uma enorme mijadela que alastrava adiante das suas pernas…
Surpreendeu-se ao ver-me, porém logo me perguntou:
Esta quase anedota reflecte o ambiente dos bailes das sociedade musicais que durante a década de 60 eram, em Portugal, os locais de “combíbio” da malta nova.
As jovens sentadas na primeira fila de cadeiras em volta da sala (as mães em segunda fila).
Os “mancebos” acercavam-se e, num misto de pergunta/convite diziam: a menina dança?
Se o gajo era jeitoso e/ou era conhecido por dançar bem (para os parâmetros da altura), era certo que a menina (embevecida e deleitada por ser escolhida), aceitava o convite.
Caso contrário respondia que a “moda” já estava prometida a outro. Ou seja, era a chamada: Tampa!
Por isso, um tal Américo bate-chapa de profissão e um tanto “abrunho” sem opção, dizia sempre em jeito de pergunta/convite:
-A menina dança ou já tem gajo?
Em homenagem a todos aqueles que viveram estas situações e pelas tampas que coleccionaram, este DVD;
Não sei o que "anda" por aí. Se são bruxas, mau olhado, mézinhas ou vudo. Mas alguma coisa paira sobre esta geringonça!
É que escrever um post três vezes e nem uma conseguir publicar não é coisa normal, caraças! De todas as vezes, e sempre que "publicava" deu-lhe uma "branca" e... nada mais.
Até nas tentativas de enviar mail's (help, socorro, ajudem-me...) tudo falhou.
E estou a escrever isto como última tentativa, que nem sei se vou conseguir publicar. Já ando nisto desde ontem. Oh sorte...!