Sou 1 blog, sou 1 blog!
Fui gerado por tentativas
De um gajo chamado Kok
Sem muitas perspectivas.
Hoje é o dia do meu primeiro aniversário. Não sou lá grande coisa até porque fui gerado por um Kok sob indicação de um Nck; ou seja, tenho pai e mãe! Mas ambos de qualidade sofrível!
Apesar de tudo tenho-me sentido bem, sobretudo porque recebo visitas muito simpáticas e divertidas; vêm do Porto, de Lisboa, desde Trás-os-Montes ao Algarve. Até dos Açores me visitam. E do estrangeiro. Essa é que é essa.
Só tem uma coisinha: é o estar aqui sempre fechado e já aconteceu ficar sem ver a luz do dia várias vezes; é que o Kok nem sempre está “de feição”! Acredito que vou continuar a existir e sempre expectante pelas vossas visitas, partindo do princípio que o meu criador (ou gerador?) me vá periodicamente enchendo de post’s.
Enfim, dizer mais o quê? Eu só sou um blog…!
Chove lá fora suavemente,
Sem barulhos, lentamente,
Em gotas miudinhas,
Pequeninas, que mal se sentem.
Molham tudo à sua volta,
Aos grandes e aos pequenos,
Aos loiros e aos morenos,
A todos sem distinção,
Seja Manuel ou João.
Formam “rios” pelos declives,
Pelos passeios e abrigos,
Pelas hortas e pelos matos
E pelos campos de trigos.
Regam ali que é preciso,
Mais além onde não é,
Molham tudo por onde passam,
Regam o milho e o café.
Molham a rua onde choro,
Onde vivo, riu e namoro!
Sem esperar fui (outra vez) para a zona de Torres Vedras e apanhei um tempo do caneco e também da caneca. Eu explico! Do caneco porque choveu e choveue choveu, o que concorreu para a segunda parte ou seja a da caneca e do que se bebeu e bebeu e bebeu...! Eheheh!
E encontrei lá umas velhas conhecidas, as ostras!
Mas desta vez não lhes dei confiança e virei-lhes as costas com desprezo que é para elas perceberem que não me esqueço do que me fizeram! P.Q.P.
Só sei que hoje morri! Estava distraído? Estava em casa? Não sei! Não me lembro! E agora pouco importa. Só sei que morri! Tenho uma dor de cabeça do caraças e um alto na testa. Devo ter dado um tombo, o que me leva a concluir que devia estar sentado. Ou em pé. Mas o pior estava para vir. Eu acreditava que morrendo, ficava morto e pronto! Mas não, nada disso; Subitamente vi-me frente a um gajo todo bronzeado e vestido de branco, sentado a uma secretária estilo art-décô, fumando um cohiba, bebericando uma caipirinha e (estranhamente) ouvindo rádio: Antena 3 : há vida em Markl. Olhou-me com um cínico sorriso nos lábios e disse-me: Tu aqui outra vez? Não me acobardei e respondi-lhe prontamente: Já cá estive? Não me lembro! De súbito ficou sério. Poisou o cohiba no cinzeiro de vidro transparente, deixou a caipirinha em sossego e pesquisou no PC de serviço. Posto isto, carregou numa campainha que originou a entrada na sala de um outro gajo, também ele interessado no meu CV. Opinaram entre eles durante algum tempo até que por fim me perguntaram: queres tomar alguma coisa? É que isto ainda vai demorar! Ou se tiveres alguma coisa que fazer, tu vê lá; vais e depois lá para o fim da tarde voltas e falas com o gerente. Mau! Já estava a ficar baralhado; então eu não tinha morrido? Se tinha, que raio teria eu que fazer para ocupar o resto do dia? Fosse como fosse, agradeci levantei-me e saí! Andei por ali às voltas, às voltas, fui a uma tasca comer uma bifana e beber uma cerveja, (não como carne de vaca devido à doença das vacas loucas; é um perigo e até se pode morrer, n’é?), e uma sopinha de legumes mais um cafezito e um bagacito só para ajudar a digestão. Ainda hoje não percebo bem como é que comi tudo isto estando morto; mas que se lixe; o melhor é nem pensar muito que ainda sou capaz de ter um esgotamento. Aproveitei a sessão de cinema das 2 e meia e eram 7 horas da tarde quando voltei lá ao gajo para finalmente resolver a minha situação. Já era outro. Este bebia tequilla pela garrafa e fumava uns cigarros manhosos que, pelo cheiro, não devia ser tabaco; mas p’ra mim, que se lixe! Sem me dar tempo a falar gritou-me: tu aqui outra vez? Mostrou-me o meu CV onde existiam 3 anotações à margem, feitas a lápis, que indicavam ter eu já lá estado outras tantas vezes. -Tu já foste avisado que não entras sem trazeres devidamente preenchido o formulário e tens que ter as vacinas em dia! Sem isso nada feito! Toca a andar! Rua! E se resolveres ir para o Inferno não te esqueças duma carta de recomendação: sim, que o Diabo é muito cioso e não deixa lá entrar qualquer um!!! Ah, e trata de vestir qualquer coisita que assim também não entras! E pronto; está visto que com esta já são quatro vezes que morro e não há meio de conseguir ultrapassar esta danada burocracia! Vou ser obrigado a voltar à vida, arranjar um trabalhito, pagar impostos; enfim, tudo uma chatice. Ah! E tenho que, qualquer dia, voltar a morrer. Vamos lá ver se de próxima vez me lembro das vacinas e de levar a porra do formulário preenchido, para não voltar a trás novamente! É que já estou chateado de tantas vezes ir e vir, ir e vir, ir e vir; CHIÇA…!
Só uma perguntinha aos amigos que me visitam: Com estes (e mais os que se adivinham) aumentos no preço dos combustíveis, ainda se riem de eu dizer que: se pudesse tinha um burro?
Qualquer dia deixo tudo para trás, desfaço-me das tralhas que me rodeiam,e agarro na Galinha e piro-me para o campo! Então sim, já poderei concretizar a minha ideia! Eheheh.
Conforme prometi eis o tal livro de Poemas do POETA.
Foi impresso na Castor Lda., e publicado em 1952. No parte final do prefácio por Ramiro Guedes de Campos lê-se (entre outras mais apreciações): José Carlos Ary dos Santos tem 15 anos e tem talento. É, portanto, um caso autêntico de precocidade poética.
Transcrevo um poema que então ganhou o 1º prémio num concurso na Praia da Rocha.
Passados que foram estes ventosos e chuvosos dias, (até parece que foi de propósito), eis-me de volta para ajudar o País a sair da crise. Não para ajudá-lo a seguir em frente porque eu sei que há muita gente que não sabe nadar.
Eram 7 horas (da manhã) e já eu estava em pé (salvo seja) tentando não me cortar ao mesmo tempo que rapava a barba, sem me fixar no espelho para não me assustar mais uma vez! Encurtando, mal cheguei ao emprego logo me vi atafulhado num monte de mails, recados e outros, que senti vontade de fugir...! Mas isto dos €uros acaba por ser cativante razão porque aguardamos anciosamente que os sacanas dos meses terminem mais perto dos inícios, e por isso contive-me! E por isso continuarei a conter-me!
Fui inquirido pelo boss sobre a minha condição física e ao dizer-lhe: "estou praticamente bom" logo um sorriso se lhe estampou no rosto ainda que se tenha desvanecido levemente quando acrescentei: mas ainda faltam alguns testes...!
Mas por acaso sensibilizou-me a preocupação do homem! E pronto, chega de treta por hoje.
Da próxima vez que entrarem aqui o mais certo é eu estar em Porto Côvo. Estarão no meu pensamento e sempre que o possa fazer beberei à vossa saúde. Mas não vou sem antes vos informar sobre o Xico da horta, que quando lhe perguntaram o que achava do sexo oral, ele respondeu: Já tou farto de conversas, eu quero é acção...!
Eu, porém, tive o privilégio de o conhecer, de o ouvir e de lhe falar, de com ele privar em sua e na minha casa e de cada vez que dele me recordo, lembro um nosso encontro, em Faro: ambos sentados na sala ouvindo “as quatro estações” de Vivalvi!
Foi para mim, mais do que para ele, um momento! Foi o momento!
Este homem que foi historiador, pensador e pedagogo, compositor, professor/aluno e aluno/professor (como ele dizia), para quem Faro, o Algarve e Portugal têm uma dívida que nunca será regularizada, foi/é esquecido de tudo e de todos os que têm responsabilidades governativas em todos e quaisquer escalões.
Eu sei que vou dizer um disparate, e todavia digo-o: há “cérebros” que não deviam morrer. (evidentemente, as pessoas)!
Por saberem tanto e terem ainda tanto para dar, para transmitir, para ensinar…!
Vão-me desculpar um desabafo: todos esses governantes que sistematicamente se esquecem da cultura e dos seus valores e interpretes, em detrimento de outros “folclores” também deveriam ser esquecidos e ignorados pelos historiadores; deveriam ser vetados ao esquecimento! Ou apontados como culpados pelo que, (tendo possibilidades para tal), não fizeram!!
Choro-te!
Riu-me, contudo, desses parvos que se esquecem que a eternidade não é para eles, pobres coitados, que tal como as mariposas procuram a luz na escuridão em que navegam e que mal aquela se apaga nesta mergulham sem destino, sem causa nem razão, sem propósito ou direcção.
Quisera ter força para te gritar aos quatro ventos! A ti, tal como a outros; mais a ti por te ter conhecido!
Zé António, hoje que se completam os primeiros 100 anos do teu nascimento deixo-te aquele abraço e a minha enorme saudade!