AS OSTRAS E AS PÉROLAS
Gosto de ostras! E não há especial razão para isso, como não há razão para gostar do cozido, da feijoada, do caril, de moelas estufadas ou de coelho frito em banha de porco; gosto e pronto!
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Gosto de ostras! E não há especial razão para isso, como não há razão para gostar do cozido, da feijoada, do caril, de moelas estufadas ou de coelho frito em banha de porco; gosto e pronto!
Os lábios que nos falam,
Uns amigos telefonaram-me a combinar um jantar; e eu fui! Era uma qualquer comemoração que não percebi bem se era por ser 5ª feira ou se por outra qualquer coisa. Sei é que fui! Desta vez escolheram um restaurante finaço onde quase haviam mais empregados que clientes; percebi logo que ia haver fita com o Hélder e o peixe. (ele come sempre peixe e gosta de no final, chupar a espinha segurando-a nas mãos). Eu tenho sempre azar nestas coisas porque me delicio com as entradas e depois quase não como o “prato”; mas desta vez o ZéZé marcou mesa e hora e quando nos sentámos veio logo a comidinha. Nada de entradas! Até que correu bem.
Depois fomos a um bar ouvir uma música e descontrair. O Álvaro ainda mencionou o strip, mas ninguém alinhou em ir ver gajas nuas a dançar à distância numa meia obscuridade c’agente nem vê o que está bebendo. Resumindo, cheguei a casa já passava das 4 da manhã e cheio de vapores pelo que subi a escada degrau a degrau sempre ajudado pelo meu amigo corrimão que sempre me ampara nestas ocasiões. E nem precisei de acender a luz da escada. Cheguei ao 3º andar “nas calmas”.
Antes que tivesse tempo de pegar na chave a porta abriu-se, a luz acendeu-se e ouvi o seguinte grito: VENS LINDO, VENS!
Claro que quis agradecer o elogio com uma beijoka mas fui compulsivamente empurrado para trás estatelando-me no maple que passa o tempo ali ao pé da porta.
-TEM VERGONHA…!!!
Fiquei confuso: devo ter vergonha de estar lindo?
Mas eu só via “flashs” à minha frente e a casa parecia um carrossel; argumentei qualquer coisa sobre o assunto mas os sons que pronunciei não foram explícitos. Devo dizer que nem eu percebi o que disse. Apagaram a luz e deixaram-me ali sentado!
Acordei no maple!
Palavra que demorei aí uns dois a três minutos a perceber onde estava pois a cama e o quarto não me eram familiares. Doíam-me as costas, as pernas e os braços e só a cabeça é que não; aliás até me parecia que não a tinha comigo. Achei estranho já estar vestido e calçado, mas…
Nisto tive uma aparição: a minha mulher!
Estava à minha frente, de mãos nas ancas e olhar fulminante; acho que até estava batendo o pé, numa atitude desafiadora!
Acagacei-me!
Sim, porque nunca se sabe com que disposição acorda a mulher de um gajo que dormiu num maple. Mesmo sendo na própria casa!
Antes que esboçasse um sorriso atirou-me: então?!, sentes-te bem?, dormiste bem?, hum??? E antes que eu tivesse tempo de responder: que vergonha, chegares a casa assim, naquele estado; que bonito exemplo que tu dás!
Eu garanto que só percebi o que ela me disse depois de almoço, porque até então andei meio zonzo.
Agora vê lá se te despachas que já são quase horas de começares a trabalhar; ah, e vai de transporte antes que haja alguma desgraça! Acrescentou num mesmo tom ameaçador.
Ainda bem que ela disse isto, pois o carrinho nem eu sabia onde o tinha deixado!
Ainda hoje, e já lá vão uns anitos, de cada vez que digo: uns amigos telefonaram-me…, nem me deixa acabar a frase e grita-me: ÚKÉKELSKÉREM?, ao que eu respondo: nada, nada; era só para saberem como eu estava de saúde…
Ufffff!
BORA LÁ CANTAR OS PARABÉNS À MARIA POR MAIS ESTE ANIVERSÁRIO
Faz hoje anos que finalmente nasci. E digo finalmente porque foi a primeira coisa que ouvi à saída: Finalmente!!! Até que enfim que já saiu...
Ainda hoje não sei quem foi, mas também nunca me preocupei com isso. O que me chateia mesmo foi terem instituido ser este dia o Dia B. Ou seja, o Dia do Banho anual; (ora se fosse para estar na água teria nascido peixe, né? Enfim, manias!). Apareçam para beber qualquer coisa e comer uma fatia de bolo!
Em tarde fria, de chuva e de vento
Com neve à mistura, num céu cinzento,
Fico à janela olhando a rua
Sem vida, sombria, vazia de gente
Nem flores, nem pássaros,
Nem cães vadios
Se vêem nas ruas
Nestes dias frios
Quisera ter o poder
E uma paleta de cores,
E nestes dias mortiços
Lhes mudar os humores.
Pintava a neve a chuva e o vento
De cores garridas, lindas, brilhantes.
As bolas de granizo não as esquecia
E pintava-as d'alegres cores berrantes.
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