Como eu ouvi O Sr. MINISTRO
Estive a ouvir com alguma atenção a entrevista que este Sr. Ministro deu na TVI à excelsa Judite Sousa (sem o "de").
A ideia com que fiquei é que o Sr. Ministro da Saúde está preocupado com as despesas que as pessoas podem originar quando vão às urgências, quando têm que ser operadas, ou quando têm que tomar medicamentos que lhes permitam viver mais uns anitos.
Compreende-se! (Compreende-se???) O homem (ex administrador da Medis e ex vice-presidente do BCP) é licenciado em Organização e Gestão de Empresas e tem uma pós-graduação em Gestão Fiscal; por isso tudo o que seja diminuir a despesa tem a sua concordância, desde que não seja no seu (dele) vencimento!
Mas a ideia com que fiquei é trágica:
-imagino que hajam 10 pessoas em lista de espera para serem operadas;
-5 morrem antes da operação;
e pensa o Sr. Ministro: coitados! mas sempre se pouparam as despesas de 5 operações.
Estou a ser injusto com o Sr. Ministro? Talvez esteja! Talvez... Ou talvez não!
Seria muito importante e até uma obrigatoriedade saber-se como foi que o estado social foi desbaratado e ponto de estar (segundo dizem) à beira da falência. Quais foram os políticos que contribuiram para essa situação. Que benefício trouxeram os recibos verdes para além de beneficiarem os empregadores que passaram a não terem que pagar à seg. social e a poderem pagar menores salários?
São seguramente os mesmos políticos que agora apregoam a "nossa" obrigatoriedade em suportar os sacrifícios até para lá de 2013 (???).
Se eu não soubesse rir nem sei o que faria... Mas não está fácil engolir tanto sacrifício, porra!
ilustração copiada de: rr.sapo.pt