UMA VIDA (dedicada aos outros)
A minha vida é uma dependência continuada da vontade dos outros, que são muitos, direi mesmo: demasiados. Dada a minha condição física não me são permitidos movimentos de qualquer espécie razão porque estou confinada a um espaço reduzido, parcamente iluminado pela luz solar sendo, em contrapartida, um optimo local para “meditações” sigilosas.
É sabido que cada um é para o que nasce e, bem vistas as coisas, posso afirmar sem quaisquer dúvidas que eu nasci para “isto”, ou seja, viver isolada e no entanto sempre disponível para aliviar todos quantos me visitam. Aceito-os tal como são: gordos ou magros, novos ou velhos, carecas ou cabeludos, todos enfim porque nas ocasiões “de atender quem de nós precisa”, não têm que haver preconceitos.
E como acima disse são muitos os que por aqui passam, uns em visitas rápidas outros porém com tempo para se sentarem e, calmamente, se abrirem libertando-se das suas aflições; umas mais ou menos consolidadas, outras porém nem tanto; alguns exprimem-se com facilidade e alguma rapidez, outros no entanto só o fazem com algum esforço!
É verdade que só se lembram de mim quando precisam, e isso poderia fazer-me sentir frustrada. Mas não!!!
Estou como sou no local do costume, sempre receptiva a aceitar os vossos “desabafos” e sabendo muito bem o que “dizem os vossos olhos”.
Por isso quando estiverem nalgum aperto ou em qualquer aflição, apareçam! Não se acanhem. Eu estou sempre aqui:
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