UM "MANJERICO" HOLANDÊS
Muitos portugueses desconhecerão a máxima: putas e vinho verde!, jargão tão em voga nos idos anos 60 do século passado e demonstrativo de uma sociedade de patos bravos (*) "a elite", bacouca é certo, que era tida como um progresso do país dessa época.
Eis senão quando (como diria Trindade Coelho) surge da Holanda um "manjerico" que na sua europeia sabedoria re-inventa o mesmo conceito (mas menos vernáculo: mulheres e álcool), numa generalização a todos os povos do sul da Europa. Ora vamos lá ver: de gregos, italianos e espanhóis não sei e nem estou interessado em saber, mas dos portugueses? Evidentemente que estamos para aí virados. Vinhos não nos faltam (com muito trabalho a produzi-lo) e de mulheres bonitas estamos bem servidos. Contudo não me parece que tal facto afecte negativamente o Orçamento do Estado nem a dívida pública e nem sequer o mercado de capitais. E as actividades relacionadas com as mulheres e o álcool nada têm que ver com offshores e outras vias de investimentos que o presidente do eurogrupo (o "tal manjerico" e os seus pares) nada fazem para combater e anular. Voltando ao caso, talvez este holandês dissesse o que disse influenciado pelos pintores holandeses, como por exemplo o deste J. Vermeer:
Na pintura percebe-se que o homem está a pagar (com uma moeda) um "trabalhinho"; não se sabe é se está relacionado com álcool, se com o método do apalpanço mamário ou se ambos.
Seja lá o que for que a este "manjerico" presidente do eurogrupo (que é o mesmo que em tempos defendeu: que os depositantes bancários comuns deveriam ajudar os bancos em dificuldades prescindindo de parte dos seus depósitos), passou pela cabeça, eu gostaria de lhe oferecer algo que lhe demonstrasse o meu apreço; algo genuínamente português e entre filigranas e barros vou pelos barros.
Um Rosa Ramalho?, um Bordalo?, uma bilha de Niza?
Decido-me por um generoso exemplar de loiça das Caldas da Raínha para que ele o meta onde muito bem entender.
E se gostar de praia que não venha para o Algarve; vá para a Frigía que é mais perto de casa!
(*) construtor civil de má qualidade, improvisado, acumulando com outras actividades do tipo: espertalhão/chico esperto.