O ACTO
-Oh vizinho prrecisa pedirre-le um favorre, diz-me a Veronique, (a vizinha francesa), com um sorriso e um semicerrar dos seus cativantes e pestanudos olhos azuis.
-Ah sim?, mas com certeza, respondi eu ainda pesaroso de não lhe ter provado a alcachofra. http://koktell.blogs.sapo.pt/128849.html
-Prreciso parra pôrre aplique no teto do meu quarrto. Pode serre?
-Pois claro que pode ser (ai não que não pode...) e é para já.
-Non non, agorra vai nas comprras, oui?
-Oui oui, pois claro que oui!
Depois das comprras, lá fui eu; No semi-silêncio da casa soava música, até me pareceu o Bolero de Ravel, mas se calhar não era... Entrei com todo o cuidado; descalcei-me a fim de não manchar o corredor recém encerado e cheguei ao quarto onde me esperava a tarefa que ela (a Veronique recostada na cama) me pedira para fazer: aplicar-lhe o aplique!
Sem perder mais tempo afastei-lhe as pernas ao máximo, saltei-lhe para cima e completei sem pressas e sem precipitações, o acto.
Saí calmamente deixando ainda na mesma posição e de pernas afastadas o:
http://fotos.sapo.pt/klank/fotos/escadote/?uid=bc2iIBszzfkZp67nWemi
(e a alcachofra que não me sai da memória)