Recordando Pequim, lembro-me da critica de Vanessa Fernandes aos seus colegas desportistas dizendo que mais parecia estarem em férias do que concentrados no que deveriam estar: a competição.
Lembro-me também das justificaçõesde Telma por ter sido derrotada, do Fortes porque não passou a eliminatória, de (não me lembro o nome) por não ter participado na prova onde estava inscrita, do Sr. Moura dizer que se demitia e depois já não se demitia e depois...
E também me lembro da desistência antecipada (por lesão ????) do ciclista Paulinho que usufruiu de apoio (em €uros, e bastantes) devido a ter sido 2º nos anteriores jogos, mas essa lesão não o impediu de fazer a volta à França nesse mesmo mês de Agosto.
Lembro ainda Carmo Tavares (em Atlanta, creio) criticar o americano Michael Johnson, porque ele se recusou a tirar uma foto com ela dizendo-lhe:
-estou a treinar!
É esta a diferença entre os jogos de praia e os jogos olímpicos.
Parece que ainda há quem não perceba isso!
O que mais se espera é que agora em Londres tenham outro tipo de comportamento justificando os €uros que recebem, que saiem dos impostos que todos (ou quase todos) pagamos, e se tal for possível, voltem medalhados.
Talvez não fosse má ideia que uma parte dos subsídios concedidos a estes atletas de ALTA competição fossem entregues aos paralímpicos; afinal são estes que, com condições bastante inferiores, mais medalhas conseguem em cada competição em que participam!
De todas as reportagens e apontamentos sobre os fogos que vi transmitidos pelos canais televisivos portugueses, as da autoria da jornalista SARA ANTUNES DE OLIVEIRA, foram as que achei mais correctas, esclarecedoras, sem rodriguinhos nem tiradas pretenso-literárias, nunca se repetindo nem divagando ou especulando sobre o que acontecia ou iria acontecer.
Assim outros com mais tarimba e saber tivessem capacidades para fazer.
Nesta foto (que copiei) aparece de olhos fechados; atrevo-me a dizer que ainda assim sabe mais o que e como fazer do que outros que andam para aí de olhos abertos (e tantas vezes sem nada verem), enfarpelados nas suas cátedras de anos de experiências!
De sublinhar igualmente as muito boas imagens colhidas por RUI do Ó, o seu companheiro nesta luta!
Que é, afinal, no Largo da Feira em de São Pedro, cuja toponímica diz ser: Praça D. Fernando II!
Muita gente, muitas "tendas" para comidos e bebidos, vendas de queijos, chouriços e de outros enchidos, frascos de mel e de compotas diversas, artesanatos em pedra, barro e de mais materiais; mirones eram bastantes mas a comprar, a largas os €uros, viam-se poucos.
Alguns "tendeiros" trajados à época passeavam-se pelo recinto.
Eu decidi-me por comprar dois pães (com chouriço) acabados de sair do forno e que foram de uma ajuda excepcional no acto de ingestão de umas (poucas, muito poucas) cervejinhas...
Disseram-me que vão alterar a lei das "licenciaturas lusolegais".
Por isso, vou-me candidatar antes que se acabe a mama hipótese de ser doutorado sem ter a obrigação de frequentar uma faculdade. Porque essa coisa de passar uns quantos anos a estudar em faculdades disto e daquilo já não se usa. Agora um gajo faz umas cadeiras (mesmo que sem pernas, sem assentos ou sem costas), diz que as fez, apresenta o certificado e "tá feito".
Dótôr p'rá vida!
-Mas tu não és canalizador?
-Sou, e depois? Não posso também ser dótôrado em jardins?
-Mas o teu certificado é de "jardins de infância"!
-Exactamente: jardins para as crianças irem brincar às licenciaturas!
Barba e cabelo, unhas edepilaçõn! é o que "oferece" o barbeiro da minha rua!
Hoje fui a este barbeiro pela 1ª vez, somente para cortar o cabelo apesar da diversidade da oferta. E foi por puro comodismo já que está mais perto de casa, o que quer dizer que fui infiel em relação ao outro que foi o "meu barbeiro" durante anos. Isto de mudar de barbeiro não é fácil -um gajo chega, senta-se, fala de política e de futebol e de outras coisas e nem se dá ao trabalho de dizer como quer o carte de cabelo, porque o gajo (o barbeiro) já sabe- pelo que um gajo (eu) mantem o mesmo barbeiro durante anos.
Desta vez mudei!! Mudei e fiquei cliente.
Porquê? Pelo corte de cabelo que ainda não se iniciára? Não!! Foi porque em vez do Correio da Manhã e da Bola o que havia de leitura sobre uma mesinha, junto às cadeiras de espera, eram albuns do Lucky Luke, Astérix, Tin Tin e outros. Porque um barbeiro com este tipo de literatura à disposição dos clientes só pode ser um gajo com boa disposição e com imaginação (também) para cortar cabelos e fazer penteados!.
Vou, seguramente, voltar a este que passará a ser "o meu barbeiro", assim ele mantenha e renove os albúns de BD.
De regresso à Capital imbuído de uma vontade imensa, grandiosa, apocalíptica, para me atirar ao trabalho? Nã, nã, nã, NADA DISSO!!!!!
A minha verdadeira e real vontade era continuar o tratamento sem interrupções até à chegada das primeiras chuvas.
Com a caminha a 5 minutos da sala de tratamentos que incluia sauna, massagens com areias quentes, banhos terapéuticos de mergulhos e de imersão em águas tépidas (entre 20º e 22º), porque raio haveria eu de ter uma vontade daquelas para regressar ao trabalho?
Com as refeições compostas de grelhados, quer carne, quer peixe (mais deste que daquela), comidos à sombra de um alpendre, sempre com o acompanhamento do tal sumo de uvas (não tive que conduzir nunca), porque raio é que eu quereria regressar ao trabalho?
Admito não regular lá muito bem da caximónia, mas karamba, não sou assim tão parvo!
Hoje não escrevo mais nada! Vou ficar a convalescer...
* mesa posta para a última ceia refeição antes do regresso!
(as rolhas ao canto da janela é somente um detalhe)