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RIR É BEM MELHOR!!!

A MENTE TAL COMO OS PÁRA-QUEDAS FUNCIONAM MELHOR QUANDO ABERTOS!

A MENTE TAL COMO OS PÁRA-QUEDAS FUNCIONAM MELHOR QUANDO ABERTOS!

OS "VELHOS" NAS ALDEIAS

foto do Kok

Têm sempre muito para contar a quem estiver disposto a ouvi-los, os velhotes.

Sentados no paial da casa térrea, num banco à porta da taberna ou nas bordas do chafariz da aldeia, conversam do tempo, das hortas e das pescas, das maleitas que os consomem e às mulheres, dos filhos que estão lá para as cidades grandes, ou dos netos que virão passar com eles uns dias de férias.

Mas o que eles gostam mesmo é de falar, de contar as suas histórias de vida. Mas falar com quem, se todos se conhecem desde moços, de quando andavam à escola!?

Os olhos riem-se-lhes quando um desconhecido se senta junto a eles e lhes pergunta coisas da terra, e lhes responde ao questionário: o nome, de onde é, o que faz por cá, e então a conversa flui e os relatos de vidas correm com intervenções de todos os presentes, divergindo nos factos algumas vezes e noutras nem tanto:

-Eu fui o primeiro namoro da tua Isabel;

-Foste o quê? Dançaste com ela uma vez e pronto. Isso lá é namoro?

E também quem sempre teve melhores uvas, ou laranjas, ou melancias; e quem tinha apanhado o maior polvo quando fizeram aquele passeio à praia; ou quem foi o rei dos bailes das redondezas, que todos frequentavam já que para isso serviam as bicicletas compradas propositadamente…

Os outros dividem-se nas opiniões e ora apoiam um, ora outro ora ainda um terceiro, sempre com um sorriso cúmplice entre eles, pelo puro prazer da contradição, mais virtual do que real.

No final tudo se acerta, acertado que está desde há anos, e termina a conversa com uma rodada de copos de tinto, um ritual que serve para afirmar que a amizade  entre eles continua e que: amanhã cá estaremos para mais histórias, outras ou as mesmas se tal for o caso!

Têm sempre muito para contar, os velhotes das aldeias. Só precisam que os oiçam.

A BABA DE ...

CARACOLilustração de musiculturalidade.blogspot.com

Não sei como, nem quem, nem porquê, “descobriu” que a baba de caracol possui propriedades regenadoras, antioxidantes e é o melhor tratamento para eliminação de rugas.
Mas atenção porque segundo Dermatologistas, para ser eficaz é necessário que a baba seja extraída quando o animal está stressado.
Ora bem!
Tenho uma secção anatómica bastante enrugada pelo que decidi pôr lá uns caracois a babarem-se.
Só não sei como fazer o raio dos caracóis ficarem stressados.
Será correndo a trás deles?

VIVER E MORRER como os insectos!

Borboletas, melgas e outros insectos, vivem e morrem à velocidade que querem e, que se saiba, não reclamam. Para alguns o seu mundo resume-se a algumas horas e durante esse (curto?) tempo cumprem a missão/objectivo que lhes é exigido: nascer/procriar/continuar a espécie. Isto vem tudo a propósito de noutro dia, uma colega me perguntar se era verdade que as borboletas vivem só 24 horas. Respondi que não sabia, mas que iria descobrir e escrever um artigo a respeito. Pois aqui está.   Fui buscar a resposta com o entomólogo Marcelo Duarte, especialista em Lepidoptera (o grupo de insetos que inclui borboletas e mariposas) do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Segundo ele, o tempo de vida varia muito entre as espécies - há 160 mil conhecidas no mundo.  Em média, pode-se dizer que as borboletas vivem de duas a quatro semanas no estágio adulto, depois que saem da pupa. Mas há, de fato, algumas espécies de mariposa (não de borboleta) cujas fêmeas adultas vivem até menos do que 24 horas. Elas saem do casulo, copulam, põem seus ovos e morrem - tudo no espaço de um único dia.   Além de ser uma curiosidade, esse fato abre caminho para uma interessante discussão filosófica sobre o sentido da vida. Nós, seres humanos, bichos dotados de cérebros ultracomplexos, cheios de emoção e que vivemos em uma estrutura social também altamente complexa. Inventamos um monte de motivos para viver que vão além de simplesmente comer e se reproduzir - como é a regra na maior parte do mundo animal. Queremos ser felizes, namorar, nos divertir, conseguir um bom emprego, ganhar dinheiro, viajar para lugares exóticos, formar uma família, comprar uma casa na praia, etc.   Mas e quanto à mariposa "Jack Bauer", cuja vida se resume a copular, dar à luz e morrer em menos de 24 horas ... o que ela ganha com isso? Qual a razão dela existir? O mundo natural está cheio de exemplos curiosos desse tipo. Muitos insetos vivem anos, outros vivem apenas algumas horas, dias ou semanas. Na costa leste dos EUA, há uma espécie de cigarra que vive enterrada no solo, dormente, e só eclode para a superfície a cada 17 anos.   Obedecendo a uma sincronia biológica perfeita, milhões dessas cigarras "brotam" da terra ao mesmo tempo, fazendo uma algazarra tremenda, e, mesmo depois de 17 anos enterradas, não perdem tempo com besteiras: copulam, botam seus ovos e morrem alguns dias depois. Missão cumprida!   Outra curiosidade: assim como na espécie humana, a expectativa de vida varia entre os sexos. Via de regra, as fêmeas vivem mais do que os machos. O que faz sentido ... afinal, são elas que cuidam das crianaças e garantem a perpetuação da espécie. O macho é quase descartável: só serve mesmo para inseminar a fêmea. Tanto que, em muitas espécies de insetos, o macho morre espontaneamente após a cópula - ou é devorado pela fêmea, como ocorre com algumas espécies de aranha e louva-a-deus.   Entre as formigas, há até uma hierarquia demográfica, pelo que me conta o professor Beto Brandão, também do Museu de Zoologia da USP. A formiga rainha vive até uns 20 anos; as operárias, cerca de 1 ano; e os machos, coitados, morrem bem jovenzinhos, de exaustão, logo após o vôo nupcial, que consome todas as suas energias. Missão cumprida!   Mesmo entre mamíferos e aves, animais que vivem bastante e gozam de uma vida social mais estruturada, o macho raramente participa da criação dos filhos. O negócio é inseminar o maior número de fêmeas possível, e elas que se virem depois para criar e defender a prole.    Seja qual for o tempo de vida ou a espécie, a questão filosófica permanece. Qual o propósito da vida de uma minhoca? O que motiva um pepino do mar a se arrastar pelo leito marinho em busca de comida? Qual a graça na vida de uma lesma? O que o leão faz além de comer zebras, procriar e dormir? Uma resposta estritamente evolucionista é que não há propósito. As espécies surgem e evoluem espontaneamente e aleatoriamente, com base em variações genéticas e pressões ambientais que transformam todos os seres vivos ao longo do tempo. A minhoca não sofre de crise existencial por ser uma minhoca. Ela simplesmente é.  Richard Dawkins, autor do clássico (e polêmico) "O Gene Egoísta", diria que é tudo culpa do DNA - que os organismos nada mais são do que "veículos" geneticamente programados, usados pelos genes para se propagar no tempo e no espaço. A mariposa e a cigarra vivem por um único propósito: passar seus genes adiante. Ou seja: fazer mais mariposas e mais cigarras. Missão cumprida! Pense nisso a próxima vez que olhar para um borboleta. A vida é curta, e pode ser cruel, mas vale a pena.


Texto roubado de https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,a-vida-e-curta-mas-vale-a-pena,288510

FIM de FÉRIAS

Isto de um gajo ir de férias devia acabar!

No fim das anteriores ficamos com a certeza de que: isto para o ano tem que ser diferente, tem que ser feito de outra maneira porra; assim é só trabalho…! E afinal acabamos por repetir o esquema que começa (+ ou -) um mês antes a idealizar como vai ser, onde vai ser, o que se vai levar, sapatos, ténis e chinelos com fartura, toalhas de praia e doutras é aos montes, mais cremes e outras adereços (eu não disse merdas…), tudo o que se possa imaginar!
À ida carrega-se o carro com malas, sacos e outras embalagens (eu não disse…), e à volta atafulha-se o carro com as mesmas coisas (eu não dis …); curiosamente à volta, o carro parece ter encolhido, já que não há espaço para todos os embrulhos (eu calei-me).
Nas férias (??) um gajo levanta-se cedo para ir à praia para evitar as horas de maior calor; ah, e vamos a pé que “só faz bem”; pois, pois, já me tinham dito! E voltamos da praia por volta das 13 horas, a pé (porque só faz bem), carregados com chapéu de praia, cesto com as toalhas e mais o cesto da fruta e das garrafas de água…! Por sorte minha o tempo dos carapaus fritos e do arroz de tomate já lá vai. Chiça!!!!
E depois de duche, duma espécie de almoço e de uma espreguiçadela lá vou à esplanada beber uma cervejinha? Puro engano. É preciso ir ao hiper comprar blá blá blá blá…
Ora para umas férias assim, onde trabalho mais do que quando estou a trabalhar, para que raio quero eu as férias?
Não admira por isso que eu venha assim, neste estado deprimido e esverdeado!
ilustração de Leticia Motta
 

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